sábado, 8 de agosto de 2009

Verão Suiço

Acordar ao som dos sinos que envolvem o pescoço das vaquinhas suiças é coisa muito boa. Elas pastam tranquilamente e ruminam sem pressa as plantas e flores das montanhas. Na mesa do café da manhã admiro este cenário que me transmite grande paz interior. As montanhas suiças reservam agradáveis surpresas, principalmente tendo a oportunidade de passar vários dias caminhando por elas.

Com saudades do friozinho gostoso do Rio Grande do Sul, pegamos o funicular na base do Molèson até alcançar o Plan Francey a uma altura de 1.056 metros. Observando a fantástica vista e a luxuriante vegetação, embarcamos no cable car até alcançar o cume da montanha. No topo, a uma altura de 2.002 metros, avistei ao longe os Alpes Berneses e o Mont Blanc com suas neves eternas. Para uma típica refeição suiça, almoçamos no restaurante panorâmico: queijos, vinho rouge e meringues et crème de la Gruyère. Com a vista alucinante dos Alpes ao fundo, recebia de minha anfitriã aula sobre os encantos da culinária suiça.

O distrito de Gruyères (que leva “s”na escrita), região famosa por seu castelo e pelo queijo Gruyère (que não leva “s”na escrita), esconde muitos contos e lendas. Um lugar onde tudo é lindo, gostoso e charmoso. O nome Gruyères vem da ave grua, estampada graciosamente na bandeira local e enfeitando grande parte do lugar e dos objetos. O lugarejo medieval de Gruyères, fechado com muros, é um lugar perfeito para voltar no tempo. Caminhei pela única rua do lugar apreciando a beleza das casas antigas com suas janelas floridas. Restaurantes, hoteis e lojinhas ocupam o interior das casas. Lá no final da rua, onde termina a pequenina cidade, um castelo do século XIII, é o Château de Gruyères. Na volta, descendo rua abaixo pelo romântico e pequeno lugar, fui abduzida até as janelas de um bar. Fiquei hipnotizada e entrei para beber algo. Quando dei-me por conta, estava na garganta de um monstro gigante, sentada na espinha de um bixo estranho. O bar do Alien, ou melhor, o HR GIGER Museum Bar, é de propriedade do suiço HR Giger, criador do alienígina do filme ALIEN, entre outras obras surrealistas.

Montreux, cidade internacional da música, patrimônio da humanidade pela unesco, com plantações de videiras de um verde intenso, é uma cidade fascinante. Fazer um passeio no fim de tarde às margens do Lac Léman (lago de Genebra) e sentar em um dos bancos para tomar sorvete vendo o povo passar e banhar-se em suas águas é bacana. Os patos do lago fazem a festa junto das mulheres que tomam sol e fazem topless. Não é a toa que o lugar leva o título de Riviera Suiça. Ao longe, alheio a tudo, o imponente castelo de Chillon compõe a vista, enquanto a estátua de Freddy Mercury canta empolgada na beira do lago.

As estradas na Suiça são excelentes e fica fácil circular de carro. Nesta época de férias de verão, os trailers e motor homes invadem as estradas e parques em todo país. Tudo é ecologicamente correto e impecável. A natureza na Suiça é formidável!

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