quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Petit Sabores

Sempre que viajo a um determinado lugar, gosto de aproveitar ao máximo as delícias gastronômicas do local. Cada região tem suas especialidades, e é assim em qualquer canto do mundo. Sou uma glutona assumida, apaixonada pela culinária, principalmente pelos doces. Adoro um invento culinário, tornando-me algumas vezes uma ameaça ao paladar do meu marido.

Na suiça, hospedada na região de Gruyères, meus sentidos fizeram várias descobertas. Hóspede de uma cozinheira de mão cheia, que morou em vários países, aprendi novas receitas e grandes segredos. Nossas idas ao supermercado e lojas do ramo renderam muito. Com uma paciência de Jó, ela me explicava cada ingrediente e utensílio novo aos meus olhos. Fiquei tremendamente surpresa ao ver uma quantidade imensa de damascos frescos, que coisa mais linda. Delicados! Passava o dia saboreando-os. Sempre tive muita vontade de provar carne de cavalo, mas nunca pensei que fosse finalmente prová-la na Suiça, gostei bastante. Também experimentei interessantes saladas de raiz de salsão e raiz de funcho, bem comuns por lá.

Era uma vez uma cidade onde eram feitas nobres guloseimas e gulodices. Broc fica na Suiça e é uma cidade muito florida e graciosa com seus trens e trilhos enfeitando a cidade. La Maison Cailler é uma chocolaterie. Nesta fábrica de delícias o chocolate ainda é preparado com o leite fresco das vacas. A Cailler tem 190 anos de história e é uma linha requintada da Nestlé. Apenas pela degustação destes chocolates já vale a visita. Precisaria de mais algumas horas para realmente sentir e saborear todos os aromas. Um mais sensacional que o outro, ficou impossível provar todos. Estavam servindo na temperatura ambiente, perfeito para distinguir e apreciar os detalhes. Deleitei-me com os brancos, os amargos e os recheados, até derreterem completamente em minha boca. Adorei o pequeno museu, com as embalagens antigas que envolveram estas preciosidades ao longo de décadas. E, é claro, fiz comprinhas na loja da fábrica, mas somente artigos de primeira necessidade, pois não sou de ferro.

A visita interativa à fábrica do queijo Gruyère foi interessante, fiquei sabendo um pouco da história desta maravilha inventada há alguns séculos atrás. La Maison du Gruyère também possui um restaurante e uma loja com as delícias da região. Nos abastecemos e subimos em direção ao chalé nas montanhas.

O primeiro registro da Fondue na Suiça é do século XVII, quando as sobras de queijos eram armazenadas embebidas com Kirsch (aguardente de cereja), garantindo a durabilidade do alimento durante todo inverno. Hoje em dia ele é misturado ao vinho branco, mas se usa embeber um torrão de açucar cristal ou açucar mascavo na Kirsch e degustá-la entre uma garfada e outra. Ou ainda, para quem perder o pão dentro da panela, ter que tomar um “martelinho” da aguardente de cereja como “prenda”. Eu não perdi nenhum pão, mas adorei sentir o gosto da bebida contrastando com o queijo. Fiz ainda outra grande descoberta, descobri que sou apaixonada pela Raclette (batata com queijo derretido), e comprei os acessórios que faltavam para juntar-se ao aparelho que temos no Brasil e que até hoje não foi usado. Prepararei excelentes Raclettes aos nossos convidados, com direito a todas as pompas suiças.

PETIT SUISSE, PETIT GATEAU, PETIT SABORES, PETIT AMORES!

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