
Na suiça, hospedada na região de Gruyères, meus sentidos fizeram várias descobertas. Hóspede de uma cozinheira de mão cheia, que morou em vários países, aprendi novas receitas e grandes segredos. Nossas idas ao supermercado e lojas do ramo renderam muito. Com uma paciência de Jó, ela me explicava cada ingrediente e utensílio novo aos meus olhos. Fiquei tremendamente surpresa ao ver uma quantidade imensa de damascos frescos, que coisa mais linda. Delicados! Passava o dia saboreando-os. Sempre tive muita vontade de provar carne de cavalo, mas nunca pensei que fosse finalmente prová-la na Suiça, gostei bastante. Também experimentei interessantes saladas de raiz de salsão e raiz de funcho, bem comuns por lá.
Era uma vez uma cidade onde eram feitas nobres guloseimas e gulodices. Broc fica na Suiça e é uma cidade muito florida e graciosa com seus trens e trilhos enfeitando a cidade. La Maison Cailler é uma chocolaterie. Nesta fábrica de delícias o chocolate ainda é preparado com o leite fresco das vacas. A Cailler tem 190 anos de história e é uma linha requintada da Nestlé. Apenas pela degustação destes chocolates já vale a visita. Precisaria de mais algumas horas para realmente sentir e saborear todos os aromas. Um mais sensacional que o outro, ficou impossível provar todos. Estavam servindo na temperatura ambiente, perfeito para distinguir e apreciar os detalhes. Deleitei-me com os brancos, os amargos e os recheados, até derreterem completamente em minha boca. Adorei o pequeno museu, com as embalagens antigas que envolveram estas preciosidades ao longo de décadas. E, é claro, fiz comprinhas na loja da fábrica, mas somente artigos de primeira necessidade, pois não sou de ferro.
A visita interativa à fábrica do queijo Gruyère foi interessante, fiquei sabendo um pouco da história desta maravilha inventada há alguns séculos atrás. La Maison du Gruyère também possui um restaurante e uma loja com as delícias da região. Nos abastecemos e subimos em direção ao chalé nas montanhas.
O primeiro registro da Fondue na Suiça é do século XVII, quando as sobras de queijos eram armazenadas embebidas com Kirsch (aguardente de cereja), garantindo a durabilidade do alimento durante todo inverno. Hoje em dia ele é misturado ao vinho branco, mas se usa embeber um torrão de açucar cristal ou açucar mascavo na Kirsch e degustá-la entre uma garfada e outra. Ou ainda, para quem perder o pão dentro da panela, ter que tomar um “martelinho” da aguardente de cereja como “prenda”. Eu não perdi nenhum pão, mas adorei sentir o gosto da bebida contrastando com o queijo. Fiz ainda outra grande descoberta, descobri que sou apaixonada pela Raclette (batata com queijo derretido), e comprei os acessórios que faltavam para juntar-se ao aparelho que temos no Brasil e que até hoje não foi usado. Prepararei excelentes Raclettes aos nossos convidados, com direito a todas as pompas suiças.
PETIT SUISSE, PETIT GATEAU, PETIT SABORES, PETIT AMORES!
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