sexta-feira, 11 de março de 2011

Retorno ao Deserto إمارة دبيّ

É chegada à hora de partir, com direito a friozinho na barriga e choradeira. Fico muito emotiva nestas horas. Enquanto embarcava com a Anne no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, meu marido estava dentro de outro avião em direção ao mesmo destino que o nosso, o Aeroporto Internacional de Guarulhos. O encontro da família foi em São Paulo, e de lá, seguimos viagem na mesma noite até o nosso novo lar nos Emirados Árabes Unidos.

Finalmente estamos todos juntos em Dubai. Passo os dias em casa ou passeando com a família atrás de coisas interessantes e necessárias para deixar o nosso lar ainda mais aconchegante. Ao percorrermos as largas avenidas da cidade, sinto estar em uma cidade futurista saída dos filmes de ficção. Meu visto de residente já ficou pronto e agora poderei marcar as aulas de direção que são obrigatórias para tirar a carteira de motorista. Ainda não tenho permissão para dirigir para lugar algum, se for pega guiando sem a devida habilitação, vou presa e depois deportada do país.

Tudo é grande por aqui, parece ter coisas em comum com a cidade de Itu no estado de São Paulo. Por esta banda do globo terrestre, tudo que reluz pode realmente ser ouro. Dubai transpira ostentação! Grande parte da renda do país é vinda do turismo, existem muitos programas turísticos que enchem os olhos enquanto o bolso esvazia.

Os Emirados Árabes Unidos (que engloba sete Emirados) é um país muçulmano, mas muito aberto ao mundo ocidental, principalmente os Emirados de Dubai e Abu Dhabi. Mas, é claro, as regras são ditadas de acordo com o Islã. Totalmente diferente da Arábia Saudita, aqui as mulheres podem tirar carteira de motorista e dirigir, com autorização você pode comprar bebida alcólica em estabelecimentos específicos, existem cinemas, não é obrigatório usar a abaya e a shayla (vestido e lenço pretos que, na Arábia Saudita, todas as mulheres muçulmanas tem que vestir) e, em alguns supermercados você encontra, no setor para no muslims (não muçulmanos), carne de porco e seus derivados. Mesmo sendo um país “aberto”, muitas mulheres muçulmanas ainda dirigem com os seus lenços negros esvoaçantes e transitam pelos locais públicos arrastando seus trajes negros pelo chão.

Inevitavelmente, acabo fazendo comparações com outros países em que já moramos. Procuro ver o lado bom e curtir a parte boa que o lugar em que estamos nos proporciona. Fui muito feliz durante o período em que moramos na Arábia Saudita, um país muçulmano e fechado por conta da religiosidade e seus costumes. Lá, tive uma rotina cheia de atividades, conhecia lugares legais e baratos para suprir minhas necessidades básicas e até mesmo as mais excêntricas. Agora, recém-chegada nos Emirados Árabes, tudo é novidade. Terei que desvendar Dubai, explorar cada canto e fazer novas descobertas para satisfazer meu ego e meu bolso. Redescobrir sabores palatáveis!




Um comentário:

  1. Ola,
    estou aqui encantada com tanta aventura..Acho o máximo, temos que aproveitar de tudo que a vida nos oferece, seja onde for, mas que sejamos felizes. E vi q vc curte e se entrega a cada lugar onde voce vive. Eu também sou assim..E pesquisando na internet a encontrei. Gostaria de ter contato com voce e trocar experiencias sobre sua estadia em Riad. Pois irei mudar para lá em 2013 e claro, nada melhor como alguem que ja viveu no local para passar informacoes.
    Ah, sua filha é lindaaa...
    Meu email é: susiedes_roxa@hotmail.com
    Abracos,
    Suzi

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